terça-feira, 24 de março de 2015

Death Note

Começa quando o estudante Light Yagami encontra por acaso o Death Note,que nada mais é do que o caderno da morte.Aquele que tiver seu nome escrito no caderno morrerá e se a morte não for especificada dentro de um prazo,ela será por parada cardíaca.É lógico que tudo não é tão simples assim e existem muitas regras,as quais o portador do Death Note terá que respeitar.

Todo Death Note vem acompanhado de um shinigami,que é um deus da morte.Nesse caso,Ryuk perdeu de propósito o seu Death Note no mundo dos humanos por que estava entediado da monotonia do mundo dos shinigamis,que por acaso acaba parando nas mãos de Light Yagami,um dos estudantes mais inteligentes do Japão.

Ao saber do poder que tem em mãos Light que fica conhecido como Kira(de Killer em inglês),começa a "fazer a limpa",matando todos os criminosos de alta periculosidade,tanto do Japão quanto do mundo inteiro,e ele não fica só nisso não.Passa a matar também todo aquele que represente algum mal para a sociedade perfeita em que ele acredita.

Vendo que era praticamente impossível de pegar Kira,as maiores organizações policiais do mundo se unem e pedem ajuda a um detetive que nunca perdeu um caso:"L".Ninguém nunca o viu,nem se sabe seu verdadeiro nome,idade e nem de onde vem.Mas todos sabem que para deter Kira,L é a pessoa certa.

E assim começa uma caçada desenfreada entre duas mentes extremamente aguçadas.Enquanto Light/Kira planeja mortes cada vez mais engenhosas,o excêntrico L vai deduzindo e juntando as pistas para chegar a uma solução.

Death Note é muito bem escrito e desenhado,não é a toa que foi um tremendo sucesso por onde passou.Publicado originalmente no ano de 2003 nas páginas da famosa antologia semanal japonesa Shonen Jump,esse shonen mangá com certeza marcou uma geração,mostrando que o mercado de mangás daquela época não estava saturado.

Tsugumi Ohba é o autor,com uma escrita de muitos diálogos consegue nos entregar uma história fenomenal,cheia de reviravoltas e com um certo humor,ri em certos momentos do mangá.
Takeshi Obata é o desenhista,que passa em um traço muito "limpo",toda a dimensão da história,proporcionando belos momentos entre narrativa e arte.

O mangá tem 12 volumes já lançados no Brasil,tem até uma segunda versão de luxo chamada Black Edition que compila dois volumes em um,reduzindo a coleção para 6 volumes.Death Note como já é de praxe,tem um animê de 37 episódios e três filmes em live action,há um boato em que poderia virar um filme Hollywoodiano,mas até o momento nada.

Nem preciso recomendar não é mesmo ?

sexta-feira, 13 de março de 2015

Insurgente

A aguardada continuação de Divergente é menos empolgante do que o próprio,não venho aqui dizer que Insurgente é ruim,só que durante a leitura tem momentos que beiram a monotonia.

A história começa exatamente onde Divergente acabou,depois do que aconteceu com a Abnegação e a Audácia,Tris e Tobias estão indo para a sede da Amizade pedir ajuda e pensar em um meio de deter Jeanine e a Erudição,que assume de vez o papel de vilã da história.

Tris se sente culpada pelos seus atos e por suas perdas,portanto ela passa boa parte do livro deprimida,cabe a Tobias e Christina a ajudarem a superar esse fardo.

Um dos pontos interessantes da história é conhecer um poco mais das outras facções e suas respectivas sedes,seus líderes e o que fazem cada uma para contribuir com a comunidade.

Os sem facção aqui são devidamente apresentados e novos personagens surgem para dar um tom na trama.Mas como eu disse,a história não é ruim,só acho que faltou um pouco mais de ação,que me empolgou mais no primeiro livro.

Com os acontecimentos de Insurgente e as revelações interessantes no final do livro podemos deduzir que o próximo livro será no mínimo intrigante.

Insurgente também virou filme que está para estrear em março de 2015.

Como um animal selvagem,a verdade é poderosa demais para ser mantida aprisionada. - Do manifesto da Franqueza

Divergente

A história se passa em um mundo distópico,mais precisamente em Chicago,onde boa parte da cidade está devastada e existem poucas pessoas vivendo nela.A cidade toda é cercada por imensas cercas protegendo a mesma não se sabe do que.

Nessa cidade não tem um governante e sim um sistema de facções,onde cada uma tem os seus líderes ou representantes.Cada facção preza uma virtude em que acreditam,temos a Abnegação,os altruístas;a Audácia,os corajosos;a Amizade,os generosos;a Franqueza,os sinceros e a Erudição que preza a inteligência.Cada facção trabalha em um determinado setor da cidade,fazendo assim o desenvolvimento da mesma.Temos também os sem facção,que são aqueles que fracassaram nos testes de aptidão ou são banidos de suas respectivas facções.

O teste de aptidão é obrigatório para todos aqueles que completam dezesseis anos.Em uma sala com diversos membros de todas as facções,os jovens são submetidos a testes,de acordo com os resultados eles podem ir para a facção de origem ou não.

O divergente do título é aquele que apresenta aptidão para mais de uma facção e isso é considerado perigoso.Por que os divergentes são tidos como raros e muito inteligentes e como a comunidade de facções já está estável há anos,certos líderes temem por mudanças que abalem a comunidade e fazem de tudo para deixar tudo do jeito que está.

Beatrice Prior é a protagonista do livro.Ela nasceu na Abnegação,sempre bondosa para com sua família,Beatrice sempre teve curiosidade em relação as outras facções,mais especificamente em uma em especial.Ela descobre no dia do teste ser uma divergente e faz uma escolha que surpreende até ela mesma.

Com uma boa história,ação na medida certa e uma vilã cheia de suas vilanias,a estreante Veronica Roth consegue construir uma história que agrada,com muitos mistérios e reviravoltas,dá vontade sim de continuar lendo a saga e seguir para o próximo livro Insurgente.

Divergente virou filme em 2014,produzido pela Summit Enterteinment,com Shailene Woodley e Theo James nos papéis principais e com a participação ilustre de Kate Winslet como Jeanine,Divergente fez bem nos cinemas e garantiu a sua sequência.


Os que culparam a agressividade formaram a Amizade

Os que culparam a ignorância se tornaram a Erudição

Os que culparam a duplicidade fundaram a Franqueza

Os que culparam o egoísmo geraram a Abnegação

E os que culparam a covardia se juntaram à Audácia

terça-feira, 10 de março de 2015

Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya

Me lembro a primeira vez que tive contato com Cavaleiros do Zodíaco,foi naquele primeiro de setembro de 1994,quando eu tinha meus sete anos de idade e me sentei de frente a tv para assistir ao desenho na extinta e saudosa rede Manchete.

É claro que na época eu não sabia que Cavaleiros do Zodíaco era na verdade um desenho japonês chamado originalmente de Saint Seiya.E que desenho japonês era mais conhecido como animê.E que era baseado em quadrinhos conhecidos como mangás.Mas comprando a revista Herói na época,eu fiquei antenado nisso tudo e passei a conhecer cada vez mais a obra.

No final dos anos 2000,quando já não existia mais Manchete e os cavaleiros que protegiam a deusa Athena eram coisa do passado,um certo "nicho" começava timidamente aqui no Brasil,o mercado de mangás.


Qual não foi a minha surpresa quando ao passar pela minha banca favorita de minha cidade,eu me deparo com os mangás de Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco.O formato seguia os de gibi mesmo e o preço era de R$3,50.Nascia assim um mercado milionário.

A Conrad Editora foi uma das pioneiras no seguimento e conquistou bastante fãs com isso,ao todo Cavaleiros teve 48 edições,já que duas edições nacionais equivaliam a uma original japonesa.Por volta de 2012 a editora JBC republicou o mangá,só que dessa vez no formato original japonês,totalizando as 28 edições.Curiosidade:a Conrad já havia publicado o mangá duas vezes aqui no Brasil,ou seja:a procura era alta!

A história conta a luta dos cavaleiros sagrados de Athena que protegem a paz e a justiça e que são capazes de rasgar os céus com as mãos ou de despedaçar o chão com os pés,e que sempre que algum mal ameace a Terra os jovens cavaleiros virão para assim protege-la.

O mangá clássico é dividido em três sagas:Santuário,Poseidon e Hades,tem uma saga curta somente com a participação do Hyoga,cavaleiro de Cisne,chamada de Guerreiros do Gelo,que inspirou a saga de Asgard.Cavaleiros tem uma animação de 114 episódios,foram animadas as sagas Santuário,Asgard(saga que não existe no mangá) e Poseidon.Posteriormente a saga de Hades foi animada com mais 31 episódios,totalizando 145.

Masami Kurumada é o autor por traz do sucesso de Cavaleiros do Zodíaco,com uma história envolvente(apesar de repetitiva),o autor tem um traço que não agrada muita gente,mas Kurumada é mestre em anatomia humana.Saint Seiya com certeza foi seu maior sucesso,tanto que ele trabalha nisso até hoje.

Nem preciso dizer que Cavaleiros do Zodíaco fez muito sucesso no Brasil(e no mundo,a França que o diga!),sendo que o animê voltou a tv em 2003 no canal a cabo Cartoon Network e depois foi parar na tv aberta,na Band para ser mais exato.Sem contar que toda a saga foi lançada completa em DVD pela PlayArte,incluindo os filmes também,num total de cinco.Falando em filmes,em 2014 teve um novo em computação gráfica lançado nos cinemas.

Cavaleiros do Zodíaco virou franquia,por que já faz anos que terminou sua história principal e ainda existem mangás sendo publicados com histórias anteriores ou posteriores contando outras sagas com outros personagens,mas com as mesmas armaduras.E há ainda diversos animes também.ou já finalizados ou em fase de lançamento como o Soul of Gold,que conta a história dos cavaleiros de ouro.

Maus - A História de um Sobrevivente

Acho difícil falar qualquer coisa sobre a guerra,que acho uma palavra bastante forte e que quer dizer bastante coisa.Mas sempre tem aqueles que conseguem passar algo sobre,seja em livros,filmes ou musicas.E esse algo ás vezes toca a alma de quem lê,assiste ou escuta.Foi assim que aconteceu comigo e dessa vez vou falar sobre Maus.

A história começa com Vladek(um judeu),na Polônia,um pouco antes da Segunda Guerra Mundial,vivendo,trabalhando e namorando também.Mas logo surgem boatos de que coisas ruins estão acontecendo na Alemanha e que infelizmente logo chegam a Polônia.

Maus é auto-biográfico,Art Spielgeman retrata muito bem o que seus pais passaram durante o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.Nas primeiras páginas do quadrinho o vemos entrevistando o próprio pai no presente,bem depois da guerra,gravando e anotando tudo.É engraçado a interação entre os dois,que apesar de estarem falando de um assunto sério,chega a ser muito cômico em algumas situações,já que Vladek Spiegelman virou um velho doente e ranzinza.

A arte de Maus é um show a parte,sendo bela quando precisa e chocante quando necessita,Art Spiegelman soube fazer o leitor acreditar que aquilo foi real e existiu em algum momento e em algum lugar.Não é a toa que ganhou o Pulitzer,um prêmio especial.

Uma curiosidade de Maus é que os judeus aqui são retratados como ratos,os alemães como gatos,os poloneses como porcos e os americanos como cães,tem outros povos também que acabaram virando outros animais,como os franceses que viraram sapos.

A história é tão "nua e crua" que as vezes se faz parar a leitura e pensar se realmente aconteceu isso tudo,por que é tão tenebroso que parece ter sido um pesadelo.

O livro beira as trezentas páginas,o papel e o acabamento é de qualidade,a Cia. das Letras foi feliz nesse lançamento.Leitura obrigatória para qualquer um fã de quadrinhos ou de uma história bem contada.